Lá começou a sina de todos os pais e filhos (a ESCOLA).
E digo sina porque quem os tem (os filhos), sabe bem o corre, corre que é esta vida de levar e trazer para a escola, e depois ainda as actividades como a catequese, os escuteiros a natação, a dança, etc e tal. Já para não falar que cada um têm o seu horário e nós temos outro diferente e aí é preciso fazer uma ginástica brutal para chegar a todos. No meu caso a coisa complica-se porque são três. A piquena, coitada é a que entra mais cedo e a que sai mais tarde porque tmbém é a que fica mais perto de casa, e com o preço da gasolina não dá para muitas voltas desnecessárias, depois a do meio, de seguida a mais velha e depois eu que fico quase uma hora à espera das 9.00.
Vida de mãe é DURA...
Este ano é de novidade para a Matilde que vai começar numa ama nova e para a Bárbara que entrou para o 1.º ano.
Parece que foi hoje, quando á três anos a deixei no infantário tão pequenina e com um bibe maior que ela e agora já a minha bázocas vai entrar no mundo das letras.
No 1.º impacto a coisa não correu lá muito bem, três dias antes já não dormia, chorava e andava muito ansiosa, tentei relevar até que no sábado o nivel de gaguez dela aumentou significativamente. Aí tive que pôr em acção o meu plano de psicologia infantil e desatar a contar as histórias da escola do pessoal cá de casa, para ela perceber que ninguém sabia nada quando foi para lá. Ela pensava que era a única que não sabia escrever e ler, coitada...
Depoi de ouvir as histórias das partes más da irmã e nossas, lá melhorou.
No 1.º dia foi só apresentação da professora e passou o tempo todo ao meu colo a observá-la, enquanto perguntava: Ó mãe achas que a "sinhoda" é simpática?
Ontem lá foi então começar uma nova etapa da sua vida, ia algo aprensiva mas contente, com uma mochila às costa maior que ela, que até tem rodas mas que ela insiste em carregar.
Às 13.00 fui buscá-la e vinha eufórica de contente, contava as novidades todas umas atrás das outras e não se percebia metade. Resumindo, tinha corrido tudo bem, cantaram e foram conhecer a escola e o que mais a deixou contente foi que lhe atribuiram um padrinho e uma madrinha (meninos do 4.º que vão ajudá-la na adaptação à escola).
Depois do almoço foi ao infantário rever os amigos que lá deixou e eu e a educadora quase chorámos a ver a reacção deles a darem abraços uns aos outros (daqueles que eu só dou a quem me diz mesmo muito, como os meus pais e o meu irmão quando regressam de uma viagem), e depois para vir embora, escusado será dizer ficaram todos a chorar e tive que prometer que ainda lá voltávamos esta semana.
Já em casa deixei-a descansar um pouco e depois mandei-a ir pintar o desenho que a professora tinha entregue. Não foi fácil, porque ela não queria, achava que podia pintar aquilo quando quisesse mais precisamente no dia que quisesse e neste dia decididamente não lhe apetecia pintar porque estava muito cansada. Pacientemente obriguei-a! devagarinho...
Ó mãe ajuda-me que eu não "consigui"!!!
Lá fui pintando uns bocados para a incentivar, mas ela estava mais incentivada a que eu o pintasse todo sozinha. Levantou-se umas 4 vezes no meio da tão pequena tarefa e por fim lá tive que lhe arregalar os olhos.
Pintou tudo de uma vez e empurrou o desenho para mim: já está mãe!
Está mas é um bocado aldrabado ó menina! (disse eu)
Ó mãe não te atrevas a dizer que isso está mal, que eu estou muito cansada...
Ora então, pensei para mim quando chegarem os iiiiiiiiiiiii é pintas por todo o lado.
Prepara-te Alexandra Margarida!!!!!!!
