sexta-feira, outubro 12, 2007

Isto da Amamentação...

Isto da Amamentação, tem muito que se lhe diga...
Eu pessoalmente até há alguns dias, mãe de duas filhas nunca lhe dei grande importância, não sei se porque aquilo me provocava dores sobrehumanas pelas gretas que causava, e depois as crianças deitavam sangue pelos cantos da boca o que realmente me arrepiava, fora o tempo que tal ritual demorava (eternidades), e ainda tinha que sacrificar as coitadas porque eram um pouco preguiçosas e vai de despi-las para terem frio e mamarem (o que pessoalmente acho um horror. Quem é que gosta de comer nu cheio de frio, ninguém calculo!)Já para não falar quando lhes puxava os cabelos atrás das orelhas e outras coisas dentro do género que nenhum de nós gostaria que lhe fizessem. E depois de tanto sacrificio ao fim de dias lá vinha o abençoado biberon que me dava descanso ás maminhas, e a elas era de tal maneira a (porrada no estomâgo)que á 1.ª experiência da milagrosa bisgana lançavam os braços para trás, e caía-lhes a cabeça como que desmaiadas tal era a potência daquilo. E elas deviam pensar: "isto sim, isto é que é vida, corre depressa e aconchega. Qual andar a comer com frio qual quê!" Já para não falar como eu me sentia diminuida na minha condição de mulher, quando toda a gente achava naturalíssimo que eu desse de mamar em frente a qualquer um e em qualquer sítio. E longe de mim ser púdica ou preconceituosa, mas comigo não, eu mostro o que é meu a quem eu quiser e quando quiser, isso de andar por aí de maminhas ao léu não é para mim.
Ainda no outro dia a passear numa superfície comercial, num sitio onde passavam centenas de pessoas, estava descansadamente uma mãezinha orgulhosa, a amamentar o seu rebento, ali em frente aos olhares indiscretos de quem passava, e fazia-o sem pudor nenhum, nem uma fraldinha para tapar e quando pôs a criancinha a arrotar fê-lo no lado oposto a que amamentava e nem se deu ao trabalho de tapar o seio, que quem já amamentou sabe, parecia um dedo indicador apontado á cara de alguém. E cenas destas, a mim, metem-me nojo. O marido lá ao lado estava todo contentinho com a prestação da mulher a amentar o seu mais que tudo, mulher essa que agora para ele não deve ser vista mais do que como mãe ou vaca leiteira. E pergunto eu, onde é que estará a mulher por quem ele se apaixonou? Concerteza nem eles sabem, mas agora isso também não interessa para nada, o importante é fazer crescer a cria.
Pois eu além de mãe sou acima de tudo mulher e por muito que goste das minhas filhas a minha dignidade como mulher está primeiro.
Assim, e apesar de não pôr em causa os benefícios do leite materno, que acredito sinceramente seja muito melhor que qualquer outro, nunca me pesou na conciência o facto de desistir precocemente de amamentar, pois as dores e a evidente falta de leite sempre me empurraram muito depressa para essa decisão.
No entanto,e nunca pensei que me pudesse acontecer, agora á 3.ª filha senti-me realmente frustada por não ter leite para lhe dar, e esforcei-me e sacrifiquei-me ao máximo para não desistir e isso deveu-se sobretudo ao facto de eu ver como ela era mais sossegadinha e feliz nos 1.º quinze dias de vida enquanto só mamava. Ao contrário das irmãs que com mama ou sem ela berravam que se desunhavam com cólicas e nada as sossegava. Quando lhe comecei a dar o suplemento fi-lo realmente contra a minha vontade mas a falta de peso que tinha fez-me ver que os médicos tinham razão. Ainda assim continuei a dar-lhe por mais 15 dias, mas ao fim deste tempo as dores eram mais que muitas e sem querer desistir, comecei a tirar com a bomba, e foi aí que conclui que eu, faço parte dos 2% das mulheres que não têm leite,(conforme um artigo da revista Visão, desta semana, que referia que grande percentagem das mães desiste; que leite fraco não existe, ou é muito ou é pouco; e que apenas 2% das mulheres não têm leite)porque ao fim de uma hora de me esmifrar toda ficavam no biberon uns ridiculo 25/30 ml de leite, quando não eram apenas gotas, e mais, só conseguia tirar estes míseros ml mamada sim mamada não.
Anteontem fomos ao pediatra e ele disse: " Ó mãezinha seque o leite que essa quantidade não aquece nem arrefece o bébé".
Mas mesmo assim continuei a tentar e pensava cá para mim, quanto mais estimular mais sai e juro que tinha a esperança de um dia acordar a jorrar leite.
Ontem fomos á médica de familia que ao contrário do que eu esperava me aconselhou também a secar o leite, pois a mistura dos dois ainda lhe estava a fazer pior do que só biberon. Senti uma tristeza profunda, como nunca imaginei sentir nesta questão, e lá concordei com a Sr.ª Dr.ª, que me passou uns comprimidos para secar as minhas pingas de leite. E apesar de ter mudado de opinião quanto ao amamentar poder fazer as crianças mais calmas e felizes não mudei de modo algum quanto ao método. A Matilde gosta do biberon e só isso já me anima. Desde ontem que não bebe leite materno e os seus intestino começaram a regular, o que já não é mau. Agora venham de lá as contra-indicações dos biberons(sapinhos, soluços, gastroentrites, dentes tortos e afins...) que eu estou cá para as combater.
Quem é que disse que ser mãe é fácil?

terça-feira, outubro 09, 2007

Matilde

Matilde - 05.09.07 - 1h15m - 3.700 Kg - 50,5 cm

Momentos para recordar:







(a chegar ao fim...)













(o principio de um longo dia - MBB 04.09.07 / + - 10h00)











(muitas horas depois...

a ficar apertadinho...)














(No limite...)


p.s. Obrigado ao meu pai pelo leque dos chinocas, não sei o que seria de mim sem ele...












(momentos...)








( o momento mais esperado - 05.09.07 - 1h15m)









(miminhos de pai...)


















(e de "tia"...)







O que disseram:

"Essa menina está á minha espera" - (Dr.ª M.ª do Carmo, acerca da matilde ter esperado que ela viesse de férias para nascer)

"Daqui ninguém me arrasta" - (Tia Têre, cada vez que tentáva-mos que fosse para casa e que acompanhou a saga "Matilde" das 7h00 da matina do dia 04 até ás 4h00 do dia 05.)

"Isto é que é um partinho bom e á moda antiga, destes é que eu gosto..." - (Dr.ª M.ª do Carmo)

"Olá Matilde" - (Dr.ª M.ª do Carmo, no momento em que a segurou)

"E tem um vestido e tudo..." - (Dr.ª M.ª do Carmo, sobre a 1.ª roupa que a matilde vestiu)

"Não posso deixá-la 5 min. e tem o bébé sem mim, eu é que era a sua enfermeira" - (Enf.ª Fátima, por a Matilde nascer enquanto se ausentou por um tempo)

" Esta baby é muita bonita" - (opinião da Bárbara sobre a sua mana nova)

"Ela não tem sobrancelhas" - (opinião da Inês sobre a sua, também, mana nova)

"Parece que tem dois meses" - (opinião generalizada devido ao seu tamanho e aspecto, muito limpinha e esperta)

"É o espécie humano mais pequeno que alguma vez vi e agarrei" - (Padrinho Hugo)

Agradecimentos:

Depois de nove meses bem dificeís, por unanimidade eu e a Matilde decidimos agradecer a quem nos aturou todo este tempo.

Por isso desde já agradecemos ao:

respectivamente pai e avô pela sandes de Leitão vinda da IP qualquer coisa... que nos soube que nem ginjas, aos pastéis de nata dos pastorinhos que nos souberam igualmente divinos, ao leque que comprou nos chinocas para nos abanarmos nos momentos dificeís, por todas as vezes que se arrastou connosco para Coimbra, e a todas as outras coisas que não saiamos daqui se as descrevesse uma a uma.

à respectivamente mãe e avó por nos aturar nos dias bons e maus 24h por dia, enquanto estivemos na horizontal, e ainda tratar das manas (o que não é fácil), e por lhe termos arruinado os primeiros dias, semanas e meses de aposentação, e por todo e qualquer stress que lhe causámos (que não foi pouco).

à vizinha alice, que nos acompanhou nas caminhadas às 7h30m da matina e tomava conta de nós quando a nossa tratadora oficial se ausentava, e nos fez uns hamburgers com natas e cogumelos divinais.

à nossa amiga vera (pata) que esteve sempre connosco e até nos levava ao médico ás vezes e também é a mãe da minha amiga da barriga Carolina.

à madrinha e padrinho velhos que também nos aturaram e até lá passámos a Páscoa.

às nossas filhas e manas (Inês e Bárbara) pela paciência e falta de atenção que lhes demos, e pelo miminho e festinhas e por acharem a mãe sempre muito linda.

à nossa amiga Gorete que também nos ajudou, e ainda trouxe uns bolinhos da avó Filipina para comemorar.

ao marido e "dady", não tanto pelo que nos acompanhou na gravidez (que ás vezes enervava a mãe) mas por ao fim de 10 anos e à 3.º filha ter tido tempo e coragem para partilhar connosco o dia do nascimento. Pelo apoio, pelo miminhos, pelas festinhas na cabeça e pelas palavras de consolação, pelos momentos divertidos, pelos golos de água ás escondidas da enfermeira, pelos Km que andámos dentro da maternidade e pelo calipo que não cheguei a comer...

à tia Têre que esteve connosco as últimas 4 ou 5 terças-feiras, que fez connosco muitos km e piscinas maternidade abaixo e maternidade acima, que nos fez rir, foi nossa fotógrafa oficial e graças a nós confaternizou até ás tantas com todas as mães, irmãs, maridos e afins de parturientes que como nós aguardavam a sua vez, e ainda por ter encontrado o carro da avó que foi rebocado pela polícia neste dia.

a todas as outras pessoas que não agradecendo pessoalmente,também estiveram connosco, e sabem que nós não nos esquecemos...

sexta-feira, junho 08, 2007

27 Semanas

E cá estou, às 27 semanas e 1 dia, com esta barriga gigante, ainda a três meses do fim e com o calor a aproximar-se, o que não se reserva um prognóstico fácil. O que interessa é que tanto eu como a Matilde nos sentimos lindamente...

terça-feira, maio 29, 2007

Bem Vinda Matilde...

A pedido de várias familias, que andam a caluniar-me de preguiçosa, por não postar há algum tempinho, cá estou eu!
Novidades? (as novidades já não são só no continente!por cá também há algumas...)
E a 1.ª (que só foi novidade para alguns, quase nenhuns diga-se de passagem) é que o meu 3.º bébé é outra menina, ou seja a minha 3.ª, e que vai ser a Matilde.
As reacções à novidade foram diversas, o pai ao contrário do que eu pensava, ainda tinha uma réstea de esperança, o meu irmão continua sem acreditar, a pequenina Bá, mesmo querendo um irmão ficou muito contente e cantava "mais uma mana, mais uma mana", a mana mais velha, Inês foi a que recebeu a notícia de forma mais trágica, quando lhe disse olhou para mim muito cabizbaixa e proferiu: "lá se foram as minhas esperanças de ter um quarto só para mim"
Agora anda mais convencida, mas todos os dias me lembra que não a vai aturar, nem mudar fraldas, nem fazer-me o favor da fraldda e do toalhete (este favor é dos tempos em que nasceu a Bá e ela tinha 5 anos, por vezes eu sentava-me a dar de mamar e esquecia-me de trazer uma fralda e um toalhete, e invariávelmente, a menina fazia cócó durante a mamada. Eu pedia á Inês para me trazer uma fralda e um toalhete, um dia farta de me aturar, zangou-se e disse: tou farta de te fazer esse favor!) pelos vistos ficou traumatizada, mas também agora tenho a outra com os mesmos 5 anos, posso aproveitar-me dela, Hi,Hi,Hi...
Neste momento estou de 26 semanas e ao contrário do que seria de esperar e depois de tudo o que me tem acontecido, ando com uma vitesse que nem acredito, o enxoval do 5.º elemento lá de casa já está em fase de acabamentos (sim que mulher prevenida vale por duas) e eu tenho que aproveitar este flash de energia que me deu. Falta-nos a pintura e disposição do quarto mas deixo isso com o pai, que teve a ideia das paredes ás cores, comprou as tintas nas cores mais fashion e da moda para o quarto das suas meninas e agora faltou-lhe a coragem.... Ha! mas eu animo-o, se animo a bem ou a mal, quem me conhece sabe como posso ser persistente, teimosa e até coisas piores...
Esta vitesse deve-se em parte á ausencia da minha caçulinha que foi de viagem com os avós à Dinamarca conhecer o primo novo (sim porque na nossa familia não existe isso da baixa natalidade, os meus pais já contam com 4 netos e meio neste momento), e paracendo que não dormir mais meia hora de manhã, não ouvir gritar e chorar, não fazer a fona do corre, corre jardim-escola e etc, facilita, lá isso facilita. As saudades é que começam a apertar e ainda faltam umas duas semanas para o regresso, ela é que não parece nada ralada, e afinal concretizou o seu sonho, que era, imagine-se aos 5 anos "Ir a França". A minha Bá não existe, mas lá que sabe aproveitar bem a vida, isso sabe. Eu por cá vou aproveitando o descanso que me proporcionou a sua viagem e a minha nova energia, pois duvido que com o seu regresso e a chegada do calor, me sinta tão fina...

segunda-feira, abril 16, 2007

Vida de Grávida...

Há três semanas, por altura do raly decidi aventurar-me com o meu pai até ao Algarve. Ele e o Hugo foram ver o rally, eu e a minha mãe fomos fazer "piscinas" praia acima praia abaixo a ver as vistas. No Domingo de regresso é que foi o delas, quando comecei com contracções que teimavam em não parar e até chorei de remorsos. Na segunda como já não me doia nada fui trabalhar na mesma, mas por pouco tempo porque a meio da manhã até já coxeava. Preocupada liguei à minha médica que me mandou para a cama (outra vez), depois de chorar baba e ranho e fazer resistência, lá decidi ir para casa.
Como sou teimosa ainda fui ao hospital para tirar as dúvidas do veredicto ao telefone, pois qualquer réstia de esperança de não ter que voltar à cama, era uma esmolinha, escusado será dizer, que lá também me mandaram para a cama.
E lá fui eu inconsolável pelo tédio de não ter nada para fazer.
A ajudar á festa, chegou o fim de semana da Páscoa, (que eu à dias programava ir ao norte ver a minha avó), e foram todos menos eu que fiquei de clausura. Menos mal que a minha ama seca e enfermeira pessoal era a Esmeralda que está habituada a mim e eu a ela desde os tempos em que lhe esvaziava os armários todos (para brincar) quando lá ia a casa. Bons Tempos...

A minha presença acabou por lhe dar jeito também a ela porque colaboráva-mos mutuamente com as nossas mazelas (eu meia acamada, sem poder fazer grande esforço e ela com um catéter na mão, graças à ameaça de uma pneumonia, que agora deixou de ameaçar e instalou-se de vez) portanto ela fazia o que eu não podia e vice-versa. Acabou por ser gira na mesma a minha Páscoa, mas também pouco educativa graças à "Maria Propiça" (esta parte é código e só as tibitas e mais alguns é que percebem) mas é melhor assim... porque então teria que falar no Manel P... e isso já era abadalhocar o conteúdo deste blog.

No dia de Páscoa o meu novo rebento, teve direito com antecipação às amêndoas da Páscoa (na verdadade eu sempre tive muito jeito para escolher padrinhos aos meus filhos, são sempre os mais prestimosos (aqui incluem-se todos)).

E então este Padrinho e esta Madrinha que ainda não estão no activo, no termo concreto da palavra, ofereceram esta linda Joaninha caixa de música. (que ainda não sabemos se gostou, mas que pelo menos passou no controlo de qualidade das irmãs, e este é um controlo do mais apurado que existe)



P.S: Esta última frase tem um enigma mas penso que a pessoa em causa vai descobri-lo depressa...



Passada a Páscoa voltei a casa, e decidida a afastar o tédio andei ali a inventar umas papoilas em miniatura para pôr nos cabelos das minhas filhas no dia da Festa dos Tabuleiros (sou uma mãe muito prestimosa, eu...)

No sábado a Sandra lá teve pena de mim e trouxe-me 3 babetes para bordar, mas como eu não tenho literalmente nada para fazer, em 24h horas dei cabo deles (e estão lindos de morrer)

O que é que são 3 babetes para mim, tudo o que seja menos de 10 babetes e 10 fraldas, são para mim mero passatempo.
Hoje, hoje é um grande dia para mim (a minha mãezinha que não me leve a mal), mas hoje é o dia em que vou começar a carregar as minhas tralhas para casa (não cheguei a alugar o camião TIRE, mas quase), e isto quer dizer que o Renato está para chegar e isso é uma boa noticia.
Agora é que a minha mãe vai gozar a aposentação (lindo este termo), sem a filha quase acamada e a parafernália do dia a dia, do leva e trás da inês e da bárbara, que ele é escola e infantário, é dança e inglês é escuteiros e catequeses, que é um sem fim de andanças. E para quem foi mãe de crianças à vinte e tal anos estava um pouco desactualizada, que no meu tempo não havia nada disto.
Em compensação o paizinho que vem agora dos ares calmos da Dinamarca, é que vai ver como elas doiem, sim porque isto de parecer que eu só ando de carro para trás e para a frente é pura ilusão, Boa Sorte Meu Querido, para a tua vinda às lides domésticas e infantis, que eu cá vou continuar no meu repouso, a ganhar mofo...

terça-feira, março 27, 2007

Olhar de filha!!!


A bonequinha da esquerda, sou eu no ponto de vista da minha pequena Bá.
Antigamente fazia-me sempre magrinha, agora sabe-se lá porquê, sou uma autêntica circunferência ao seu olhar.
O bonequinho ao lado, é o papá, note-se, bem caracterizado com a falta de cabelo, os pequenos pontinho que mal se veêm na sua cabeça, é um daqueles dias em que o pai tem "picos na cabeça" e ela detesta.
A bola ao lado do pai é o bolo dele (mas ainda não percebi o que estaremos a comemorar).
Os rabiscos acima são uma breve descrição (no seu alfabeto, claro) do desenho.
E depois de um dia de trabalho, chegar a casa e receber esta prenda, faz-me de facto agradecer o facto de ser mãe.
Por coisitas assim cada vez mais me convenço que as crianças despertam o melhor de nós...

terça-feira, março 06, 2007

O Regresso

Depois de mais de um mês sem escrever, cá estou eu novamente. Este mês não foi fácil. Comecei os 1.º dias a esticar-me com um fim de semana em Évora a calcurriar Km. O resultado foi um descolamento na placenta que me faz estar em casa há 5 semanas. As duas primeiras estive mesmo acamada mas nestas últimas tenho estado só enclausurada. Neste tempo todo fui à rua 1 vez para votar, 2 ao médico, 1 à estação despedir-me do Renato e ontem que fui fazer uma ecografia. Ia cheia de medo que estivesse alguma coisa mal com o meu bébé novo mas felizmente estava tudo bem, apesar de não ter deixado ver a transluscência da nuca mas que a médica diz para não me preocupar. Também ia com esperança que abrisse as pernocas e deixasse ver o resto, mas nada... Foi um grande alivio saber que estava tudo bem depois das 1500 coisas que me aconteceram numa gravidez que só tem 13 semanas e 5 dias, e que por ser a minha 3.ª devia levá-la com uma perna às costa. Em principio 2.ª feira vou voltar ao trabalho e à minha vidinha normal que já faz falta, e estou a ficar gorda que nem um texugo e alguma coisa tem que parar isto. Nesta altura do campeonato já uso a bela da roupinha de grávida, que por acaso até me fica a matar mas quando chegar ao fim da minha maratona devo andar a rebentar pelas costuras.......






































































































quarta-feira, janeiro 31, 2007

Mãe Sofre...


Agora que já vou no meu 3.º filho, toda a gente deve pensar que faço isto com uma perna às costa!
Pois enganam-se pelos visto quanto mais experiencia maior é também o sofrimento que passo. Se da Inês tinha alguma azia que me incomodava bastante, da Bá além da azia vieram os vómitos matinais. Agora à 3.º além da azia, e vómitos matinais, prolonga-se por todo o dia e aqualquer hora e sitio (o que se torna bastante desagradável) os meus chamamentos ao famoso Gregório. E todos os dias parace com tendência a aumentar, hoje mesmo já foram 3 sofridas vezes...
Além de ter que me preocupar comigo nestas condições deploráveis tenho ainda que combater o psicológico da minha Bá, que anda aflita com algo que nos aconteça (a mim e ao bébé, claro).
Antes de ontem logo após o jantar, lá fui eu direta à casa de banho para uma das minhas sessões: O Renato e a Inês jantavam descansadamente e a minha Bá coitadinha fazia piscinas entre a cozinha e a casa de banho. Chegava a casa de banho e dizia: Ai mãe! Voltava para a cozinha e dizia: A mãmã vomita, vomita e o bébé ainda sai! Eu conforme ouvia aquilo não sabia se estava mais aflita com a minha sina ou com a aflição dela que achava que o mano (a) ia sair directamento num vómito. O pai nem a ouvia e o que o preocupava era não consegui jantar com a música de fundo e a irmã entretinha-se a imitar-me armada em engraçada.
E a coitada a pensar que a qualquer momento o bébé podia ir pela sanita abaixo. Assim que me acalmei lá lhe expliquei calmamente que isso não era possivel e penso que ela compreendeu.
Mais uma vez constatei que as crianças têm uma imaginação extraordinária...
Mudando de assunto hoje convidámos oficialmente o padrinho do Martim/Matilde, foi por mail, para a supresa ser maior....
Esperamos pela resposta em breve...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Cá está ele(a)

Definitivamente este ano não começõu da melhor maneira, depois de descobrir que estava grávida e até já aceitar a situação com grande alegria, começo com perdas de sangue, que me levaram ao hospital e que a médica depois de observar garantiu estar tudo bem e para apenas fazer repouso uns dias. Pelo sim pelo não no dia seguinte decidi ir ao obstetra onde já fui seguida da última vez e aí começou a semana mais comprida da minha vida. O Dr. fez-me uma eco e diz-me assim de repente sem estar á espera que não via lá nada. Eu bloqueei e só perguntava não vê nada como? Então ou ainda é muito pequeno ou é uma gravidez não evolutiva. Neste momento ia-me caindo qualquer coisa ao chão. Eu nem sabia o que isso era, já tinha ouvido falar em gravidez ectópica e outras coisas, mas nisto nunca. Sai de lá, nem conseguia falar e quando cheguei a casa deitei-me na cama em prantos. Tinha que aguardar uma semana e 1 dia para saber se a coisa andava ou não. Fui para a net pesquisar e descobri que infelizmente muitas mulheres passam por isto todos os dias. O meu sentimento era de culpa. Culpa por ter chorado baba e ranho quando fiz o teste, culpa por ter posto a hipótese de outras "alternativas", culpa por o médico me dizer que era normal acontecer a quem toma mal a pilula. Esperei por esta semana como quem espera por ir para à forca, arrependi-me mil vezes de contar à Inês pois agora não saberia como dizer-lhe que não ia ter outro irmão(ã).
Ontem foi o dia. Perto da hora o telefone tocava de amigos ansiosos para saber novidades, para ajudar cheguei lá às 19.00 e fui atendida depois da 20.30.
Entrei no gabinete de mão dada com o Renato, o médico disse para irmos logo ver para eu ficar mais descansada. Deitei-me na maca, ele começou a eco e lá estava o meu Martim / Matilde, todo contentinho(a), enorme com 9mm, e o coraçãozinho a bater a grande velocidade. Neste momento tiraram-me 500 Kg de cima. Ainda disse ao médico que ele nem imaginava os nomes que lhe tinha chamado por me ter assustado de semelhante maneira, que estava zangada com ele e tudo. Mas no fim lá o perdoei e fizemos as pazes. Portanto à excepção,das náuseas, azia e chamamentos ao gregório diários, hoje é para mim um grande dia...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ano Novo Vida Nova


À exactamente um mês que não escrevo no meu blog, por muitos e variados motivos, do género nuvem cinzenta por cima da minha cabeça, que não teima em desaparecer. Tinha aliás muitas coisas que gostava de ter escrito mas que o meu estado de espírito e falta de inspiração não permitiram. No entanto, hoje, nada se aplica melhor á minha vida do que a popular expressão "Ano Novo Vida Nova", e é literalmente Vida Nova. Quem está a ver a imagem já percebeu de certo o que me aconteceu. Ontem apanhei o maior susto da minha vida! Para quem não sabe, este já é o meu terceiro. à 1.ª é bom, à 2.ª não é mau, à 3.º é um grande susto.
Depois de chorar baba e ranho no colinho da minha mãe e do meu pai, de chorar mais um bocadinho ao telefone com o Hugo que me atendeu enquanto tomava banho, e até o ouvia tremer de frio, mas sempre disposto a ajudar-me (que é para isto que servem os amigos), depois de ultrapassar os bloqueios do Renato que só dizia "não sei", e muita ponderação lá decidi aceitar. Sempre disse que o meu sonho era ter três filhos, mas não agora. Talvez nunca o relizasse, mas até que fosse um sonho, nunca se sabe. Desde já digo a todas as mulheres: Não acreditem no método do calendário, não acreditem nos preservativos.
Deixei de tomar a pilula porque este mês ia fazer um implante que me deixava completamente descansada durante três anos, mas afinal fiquei implantada foi na barriga! Preocupa-me sinceramente a questão financeira, porque no estado em que está o País só um louco põe três filhos no mundo e eu sou concerteza uma. Como diz o meu amigo Hugo, preocupa-te contigo que com o País alguém se há-de preocupar.
Desde já peço a todos os meus amigos que se me virem muito aflitinha, que me ofereçam umas latinhas de leitinho e uns pacotitos de fraldas. Já tenho alguns na lista (aqueles que nunca nos abandonam). Neste momento tenho que me preparar psicológicamente para o meu estado de graça. Não vai ser fácil voltar a ver-me de barrigão, e o parto? nem quero falar nisso.
Eu até morria se não usasse um berço que já deitou carradas de criancinhas. Já informei a dona (madrinha da Bá), da morada para o enviar, e tb lhe preguei um susto. Aliás começando por mim mesma ontem e hoje é dia de pregar sustos.
Sempre disse que não podia estender as minhas cuecas ao pé dos boxers do Renato, que isto é sempre tiro certeiro, mas por vezes esqueço-me. A minha amiga Sónia enfiada comigo na casa de banho a fazer o dito cujo, em vez de me dar apoio olhou para mim e disse: Se sabes que não podes estender as tuas cuecas ao pé dos boxers dele, porque é que insistes?
Pois.......