sexta-feira, janeiro 19, 2007

Cá está ele(a)

Definitivamente este ano não começõu da melhor maneira, depois de descobrir que estava grávida e até já aceitar a situação com grande alegria, começo com perdas de sangue, que me levaram ao hospital e que a médica depois de observar garantiu estar tudo bem e para apenas fazer repouso uns dias. Pelo sim pelo não no dia seguinte decidi ir ao obstetra onde já fui seguida da última vez e aí começou a semana mais comprida da minha vida. O Dr. fez-me uma eco e diz-me assim de repente sem estar á espera que não via lá nada. Eu bloqueei e só perguntava não vê nada como? Então ou ainda é muito pequeno ou é uma gravidez não evolutiva. Neste momento ia-me caindo qualquer coisa ao chão. Eu nem sabia o que isso era, já tinha ouvido falar em gravidez ectópica e outras coisas, mas nisto nunca. Sai de lá, nem conseguia falar e quando cheguei a casa deitei-me na cama em prantos. Tinha que aguardar uma semana e 1 dia para saber se a coisa andava ou não. Fui para a net pesquisar e descobri que infelizmente muitas mulheres passam por isto todos os dias. O meu sentimento era de culpa. Culpa por ter chorado baba e ranho quando fiz o teste, culpa por ter posto a hipótese de outras "alternativas", culpa por o médico me dizer que era normal acontecer a quem toma mal a pilula. Esperei por esta semana como quem espera por ir para à forca, arrependi-me mil vezes de contar à Inês pois agora não saberia como dizer-lhe que não ia ter outro irmão(ã).
Ontem foi o dia. Perto da hora o telefone tocava de amigos ansiosos para saber novidades, para ajudar cheguei lá às 19.00 e fui atendida depois da 20.30.
Entrei no gabinete de mão dada com o Renato, o médico disse para irmos logo ver para eu ficar mais descansada. Deitei-me na maca, ele começou a eco e lá estava o meu Martim / Matilde, todo contentinho(a), enorme com 9mm, e o coraçãozinho a bater a grande velocidade. Neste momento tiraram-me 500 Kg de cima. Ainda disse ao médico que ele nem imaginava os nomes que lhe tinha chamado por me ter assustado de semelhante maneira, que estava zangada com ele e tudo. Mas no fim lá o perdoei e fizemos as pazes. Portanto à excepção,das náuseas, azia e chamamentos ao gregório diários, hoje é para mim um grande dia...

4 comentários:

Ana Guria disse...

Só de voltar a pensar dá-me arrepios!!!! Mas felizmente acabou por correr bem.
Que engraçado...o teu marido tem o nome do meu Guri!!
Tudo de bom!
Beijos GRANDES
Guria

Anónimo disse...

Esta semana foi difícil para muita gente que te adora e estava a torcer para correr tudo bem.Quando falei contigo as lágrimas vieram-me aos olhos e fiquei tão feliz como se fosse eu. Para mim é como se fosses minha irmã. Só não temos o mesmo sangue.
Se calhar agora que já sou mãe sei o que sentiste em poder perder um bébé.
Ainda bem que está tudo bem e ele/a já é lindo/a.
Um grande beijinho e em relação aos vómitos e etc, isso não interessa nada e daqui a uns meses já nem te lembras.

El Secondino disse...

'Miga, nem imaginava que andavas nesses stresses! Ainda bem que correu tudo bem!
Estás de quanto tempo? (já sabes que eu sou um bocado à nora..)

PS: Já estive a ver uns berços.. :)

Ana disse...

Bom, agora vou-te fazer uma confidência... Vai fazer agora um ano (Setembro) que soube k estava outra vez grávida. Foi aquela cena de acreditar no belo do calendário e de pensar que a idade também não iria facilitar uma nova gravidez. Mas já é de família esta coisa da fertilidade. O susto foi grande e as duvidas também, mas como eu adoro muita criançada à minha volta, assumi. Mas só contei a minha irmã e à Mariana, para al+em do Zé claro, pois havia 1 voz k me dizia k só devia dizer quando tivesse a certeza k estava tudo bem... Infelizmente a minha gravidez de supostamente 9 semanas não evoluiu- O coração não batia e o embrião tinha 3mm quando deveria ter perto de 3cm (também pesquisei na net). Foi mt dificil para nós os dois e mt pior porke a minha Mariana chorou de alegria quando soube e ficou de rastos ao saber da possibilidade da gravidez não ir p a frente. A tal semana de espera passou e o pior confirmou-se. Tudo para dizer k o coração de mãe é extraordinário e passamos logo a amar de paixão os pequenos seres que nos surpreendem e vêm sem pedir. Depois esse mesmo coração estilhaça-se quando estas coisas acontecem e já n podemos ter aquele bébé que parecia ser nosso desde sempre... Não é fácil, mas o facto de termos os filhotes mais velhos dá-nos força para superar, pois eles também precisam imenso de nós. O meu bébé ia nascer no dia 5 de Junho deste ano e sinto a falta dele. è por isso k digo que ainda hei-de tentar o quarto. Eu sei, sou doida e as coisas não são fáceis, mas ter uma família ainda mais numerosa passou a fazer parte do meu projecto de vida e os meus pais são a prova viva de k tudo é possível, desde k haja mt mimo, afecto e união. Bjs e desculpa o desabafo