quarta-feira, janeiro 31, 2007

Mãe Sofre...


Agora que já vou no meu 3.º filho, toda a gente deve pensar que faço isto com uma perna às costa!
Pois enganam-se pelos visto quanto mais experiencia maior é também o sofrimento que passo. Se da Inês tinha alguma azia que me incomodava bastante, da Bá além da azia vieram os vómitos matinais. Agora à 3.º além da azia, e vómitos matinais, prolonga-se por todo o dia e aqualquer hora e sitio (o que se torna bastante desagradável) os meus chamamentos ao famoso Gregório. E todos os dias parace com tendência a aumentar, hoje mesmo já foram 3 sofridas vezes...
Além de ter que me preocupar comigo nestas condições deploráveis tenho ainda que combater o psicológico da minha Bá, que anda aflita com algo que nos aconteça (a mim e ao bébé, claro).
Antes de ontem logo após o jantar, lá fui eu direta à casa de banho para uma das minhas sessões: O Renato e a Inês jantavam descansadamente e a minha Bá coitadinha fazia piscinas entre a cozinha e a casa de banho. Chegava a casa de banho e dizia: Ai mãe! Voltava para a cozinha e dizia: A mãmã vomita, vomita e o bébé ainda sai! Eu conforme ouvia aquilo não sabia se estava mais aflita com a minha sina ou com a aflição dela que achava que o mano (a) ia sair directamento num vómito. O pai nem a ouvia e o que o preocupava era não consegui jantar com a música de fundo e a irmã entretinha-se a imitar-me armada em engraçada.
E a coitada a pensar que a qualquer momento o bébé podia ir pela sanita abaixo. Assim que me acalmei lá lhe expliquei calmamente que isso não era possivel e penso que ela compreendeu.
Mais uma vez constatei que as crianças têm uma imaginação extraordinária...
Mudando de assunto hoje convidámos oficialmente o padrinho do Martim/Matilde, foi por mail, para a supresa ser maior....
Esperamos pela resposta em breve...

sexta-feira, janeiro 19, 2007

Cá está ele(a)

Definitivamente este ano não começõu da melhor maneira, depois de descobrir que estava grávida e até já aceitar a situação com grande alegria, começo com perdas de sangue, que me levaram ao hospital e que a médica depois de observar garantiu estar tudo bem e para apenas fazer repouso uns dias. Pelo sim pelo não no dia seguinte decidi ir ao obstetra onde já fui seguida da última vez e aí começou a semana mais comprida da minha vida. O Dr. fez-me uma eco e diz-me assim de repente sem estar á espera que não via lá nada. Eu bloqueei e só perguntava não vê nada como? Então ou ainda é muito pequeno ou é uma gravidez não evolutiva. Neste momento ia-me caindo qualquer coisa ao chão. Eu nem sabia o que isso era, já tinha ouvido falar em gravidez ectópica e outras coisas, mas nisto nunca. Sai de lá, nem conseguia falar e quando cheguei a casa deitei-me na cama em prantos. Tinha que aguardar uma semana e 1 dia para saber se a coisa andava ou não. Fui para a net pesquisar e descobri que infelizmente muitas mulheres passam por isto todos os dias. O meu sentimento era de culpa. Culpa por ter chorado baba e ranho quando fiz o teste, culpa por ter posto a hipótese de outras "alternativas", culpa por o médico me dizer que era normal acontecer a quem toma mal a pilula. Esperei por esta semana como quem espera por ir para à forca, arrependi-me mil vezes de contar à Inês pois agora não saberia como dizer-lhe que não ia ter outro irmão(ã).
Ontem foi o dia. Perto da hora o telefone tocava de amigos ansiosos para saber novidades, para ajudar cheguei lá às 19.00 e fui atendida depois da 20.30.
Entrei no gabinete de mão dada com o Renato, o médico disse para irmos logo ver para eu ficar mais descansada. Deitei-me na maca, ele começou a eco e lá estava o meu Martim / Matilde, todo contentinho(a), enorme com 9mm, e o coraçãozinho a bater a grande velocidade. Neste momento tiraram-me 500 Kg de cima. Ainda disse ao médico que ele nem imaginava os nomes que lhe tinha chamado por me ter assustado de semelhante maneira, que estava zangada com ele e tudo. Mas no fim lá o perdoei e fizemos as pazes. Portanto à excepção,das náuseas, azia e chamamentos ao gregório diários, hoje é para mim um grande dia...

sexta-feira, janeiro 05, 2007

Ano Novo Vida Nova


À exactamente um mês que não escrevo no meu blog, por muitos e variados motivos, do género nuvem cinzenta por cima da minha cabeça, que não teima em desaparecer. Tinha aliás muitas coisas que gostava de ter escrito mas que o meu estado de espírito e falta de inspiração não permitiram. No entanto, hoje, nada se aplica melhor á minha vida do que a popular expressão "Ano Novo Vida Nova", e é literalmente Vida Nova. Quem está a ver a imagem já percebeu de certo o que me aconteceu. Ontem apanhei o maior susto da minha vida! Para quem não sabe, este já é o meu terceiro. à 1.ª é bom, à 2.ª não é mau, à 3.º é um grande susto.
Depois de chorar baba e ranho no colinho da minha mãe e do meu pai, de chorar mais um bocadinho ao telefone com o Hugo que me atendeu enquanto tomava banho, e até o ouvia tremer de frio, mas sempre disposto a ajudar-me (que é para isto que servem os amigos), depois de ultrapassar os bloqueios do Renato que só dizia "não sei", e muita ponderação lá decidi aceitar. Sempre disse que o meu sonho era ter três filhos, mas não agora. Talvez nunca o relizasse, mas até que fosse um sonho, nunca se sabe. Desde já digo a todas as mulheres: Não acreditem no método do calendário, não acreditem nos preservativos.
Deixei de tomar a pilula porque este mês ia fazer um implante que me deixava completamente descansada durante três anos, mas afinal fiquei implantada foi na barriga! Preocupa-me sinceramente a questão financeira, porque no estado em que está o País só um louco põe três filhos no mundo e eu sou concerteza uma. Como diz o meu amigo Hugo, preocupa-te contigo que com o País alguém se há-de preocupar.
Desde já peço a todos os meus amigos que se me virem muito aflitinha, que me ofereçam umas latinhas de leitinho e uns pacotitos de fraldas. Já tenho alguns na lista (aqueles que nunca nos abandonam). Neste momento tenho que me preparar psicológicamente para o meu estado de graça. Não vai ser fácil voltar a ver-me de barrigão, e o parto? nem quero falar nisso.
Eu até morria se não usasse um berço que já deitou carradas de criancinhas. Já informei a dona (madrinha da Bá), da morada para o enviar, e tb lhe preguei um susto. Aliás começando por mim mesma ontem e hoje é dia de pregar sustos.
Sempre disse que não podia estender as minhas cuecas ao pé dos boxers do Renato, que isto é sempre tiro certeiro, mas por vezes esqueço-me. A minha amiga Sónia enfiada comigo na casa de banho a fazer o dito cujo, em vez de me dar apoio olhou para mim e disse: Se sabes que não podes estender as tuas cuecas ao pé dos boxers dele, porque é que insistes?
Pois.......