sábado, setembro 12, 2009

Crónica Férias de Verão 2009 - A Saga do Centro de Saúde - parte II

A nova Saga do Centro de Saúde, aconteceu na segunda-feira à noite, quando no regresso a casa de um passeio nocturno pelo espaço pedonal da Quarteira, eu ao passar em frente a um hotel que tinha sido restaurado resolvi , sem parar de andar, olhar para trás na sequência de um comentário da Inês e embati contra um poste, mais precisamente um candeeiro, com uma brutal força, que nem sei explicar.

A 1.ª reacção foi pensar que raio me tinha acontecido, depois tive a sensação de que ia desmaiar por certo, a seguir tive a nitida noção de ver passarinhos e estrelas à volta da cabeça mais azamboada do que sei lá o quê e por fim deu-me um ataque de choro que tive que conter logo a seguir quando olhei para as minhas 3 filhas e todas choravam em pânico de me ver assim (se bem que a Inês estava num misto entre chorar e rir desalmadamente da figura que eu tinha acabado de fazer).


O Renato nem sabia muito bem o que fazer, se me atendia a mim ou a elas... (realmente é preciso muito poder de encaixe para aturar este mulherio todo, não é).


Lá me recompûs o melhor que pude e apesar da dor de cabeça fenomenal lá me arrastei até casa.


Quando cheguei tomei um comprimido e deitei-me na cama, mas não havia maneira nem da dor passar nem de adormecer.


Comecei a ficar com uns macaquinhos no sótão, não tivesse eu feito algum traumatismo e decidi telefonar para a linha de saúde 24. Depois de mil e quinhentas perguntas a Sr.ª aconselhou a deslocar-me às urgências a Faro a fim de despistar o tal traumatismo que eu tanto temia.


E eu por acaso tenho lá tempo para ir a urgências???? Ainda por cima às 2h00 da matina??? Então e o que é que fazia com o meu pessoal??? E ir eu a conduzir sozinha estava absolutamente fora de questão, porque da maneira que me encontrava ia era embater com o carro no próximo poste que encontrasse.


Voltei a deitar-me e aguentei-me até de manhã. No dia seguinte a coisa até já estava melhor, mas com o passar do dia foi piorando. Por volta das 18h00 quando já não suportava as dores de cabeça as náuseas e já nem virava o pescoço o Renato lá me arrastou para o Centro de Saúde de Loulé.

Após horas à espera lá fui atendida por um médico espanhol (de meia idade mas bem charmoso, diga-se de passagem) que após me mandar fazer rx concluiu que aparentemente não tinha nada partito, mas que podia ter alguma coisa interna. De qualquer das maneiras só uma TAC ia concluir isso e como eu tava de férias e tinha as minhas filhas todas para tomar conta (que já o tinha informado que pretendia mantê-las afastadas dos hospitais o mais possivel) decidiu receitar-me uns remedinhos entre eles um anti-espasmos e muito repouso.

Depois de cumprir à risca o que o Sr.º Doutor mandou, comecei a sentir-me melhorzita ao fim de dois dias.

Independentemente de ter partido alguma coisa ou não de certeza que fiquei com o pára-choques (sobrancelha) bem amolgado e que até agora continua a doer-me...

Só comigo...

sexta-feira, setembro 11, 2009

Crónica Férias de Verão 2009 - A Saga do Centro de Saúde - parte I

Na sexta feira dia 1 de Setembro fizemos a viagem de Cascais à Quarteira para vir passar 10 diazitos de férias.


A coisa começou bem com a Matilde que apareceu com o dedo polegar do pé inchado e quando se lembrava dizia: "Ai! o mê pé..."


Fomos à farmácia, mas perante o cenário o Sr. farmacêutico achou que aquilo era alguma unha encravada e que o melhor seria irmos ao médico.


Entrei logo em stress porque se há coisa que eu queria estas férias era afastar-me dos aglomerados de gente, por causa das gripes não é? e logo me ia meter na boca do lobo...


Lembrei-me então de procurar um médico que tivesse convenção com a ADSE, mas tinha que ser rápida porque já eram 18h00 de sexta-feira.


Andámos alguns metros e logo encontrámos uma clinica convencionada, "Que sorte" (pensei eu!) mas passou-me logo porque assim que lá entrei tinha afixado na parede um papel enorme a dizer: "Não temos ADSE".


Acabei por ir para casa resignada a esperar que o dedo do pé não piorasse e pelo sim pelo não enfiei-lhe um colherada de Brufen.


Ainda assim ela continuava a queixar-se do "mê pé" e fui perguntar à vizinha se havia mais algum médico convencionado por cá, mas nada.


Fiquei a saber que aquele era mesmo o único do Algarve e arredores e que deixou de ser porque a ADSE não lhe paga (que cliché....) pois a mim é que eles nunca se esqueceram de levantar os não sei quantos porcento de meu miserável ordenado, mas pagarem que é bom, nada.


Resumindo, anda uma pessoa a descontar para ter um serviço que depois não usufrui porque a entidade que mo saca a mim não paga aos médicos. Por Favor....


Continuando, a alternativa foi mesmo ir ao centro de saúde.


Quando lá cheguei fui atendida por um segurança que tinha cara de quem não jogava com o baralho todo e que mais parecia que estava em casa do que num posto de trabalho e que me mandou tirar uma senha. Lá tirei a dita senha que se designava por senha do turista (lindo, não!) e sentei-me num banco à espera. A Matilde só por se encontrar ali deve ter-lhe passado logo a dor do pé porque o seu entretêm foi saltar das cadeiras da sala de espera para o chão vezes sem conta. Ao fim de uns 45 m um enfermeiro lá nos chamou e depois de ver o pé da criacinha concluíu que não devia ser a unha encravada. Depois fomos fazer a ficha que aqui a coisa funciona ao contrário dos outros sitios 1.ª faz a triagem e depois é que faz ficha.


E porquê perguntamo-nos???


Porque nos outros lugares fazemos triagem e é-nos atribuída uma côr consoante a gravidade do nosso estado de saúde, já aqui isso das cores não existe o enfermeiro é que decide a gravidade do paciente e não decide a côr, decide mesmo se tem ou não o direito de ser atendido pelo médico.


Nós tivemos sorte e lá fomos remetidos ao médico.


Para fazer a ficha fomos atendidos por uma Sr.ª brasileira (é que em portugal não temos gente suficiente para ocupar os lugares de administrativa e então damos emprego às brasileiras) que enquanto fazia as fichas também fazia de médica e ignorando a receita passada por um médico a uma Sr.ª com um brutal escaldão lhe dizia com um ar muito entendido " Oh! moça você não liga não ao que esse cara receita aí, você passa o corpo todo com leite e fica como nova."


Fomos atendidos por uma médica também ela estrangeira que depois de a observar ficou na dúvida entre não saber o que ela tinha ou um dedo do pé partido. Acho que o diagnóstico do partido foi mesmo pelas performances da minha filha que quase dizimou o consultório da Dr.ª e fez um pouco de tudo entre escalar a marquesa e rasgar todo o papel da mesma. E então tal qual a lógica da batata ela concluíu que a menina é muito irrequieta (vejam só a caluniar a minha filha de irrequieta??? por favor...ela é um cordeirinho...).


Mandou-a para casa a tomar Brufen de 6 em 6 horas e uma pomadinha para o dedo do pé e se não passasse até ao dia seguinte para lhe darmos antibiótico e se mesmo assim não passasse para irmos a Loulé fazer um rx. Novamente a lógica da batata 1.º medicou a criança sem saber a quê e depois em último caso, se não passasse, é que fazíamos o rx para confirmar se era ou não fractura.


Depois de um dia inteiro a pôr pomada e ela a queixar-se do "mê pé" olhá-mos para ela que estava nada mais nada menos do que a roer as unhas do pé.


Qual fractura, qual unha encravada, o problema dela era mesmo andar a roer as unhas do pé e então não é que arrancou um bocado de unha tão grande que estava curvada para cima que o inchaço desapareceu.


Isto há coisas...


quarta-feira, setembro 09, 2009

Crónica Férias de Verão 2009 - Quem grita mais alto!!!

Finalmente lá entrei de férias, a 31 de Agosto.
Como o Renato não pode parar por duas semanas, pela 1.ª vez em 14 anos de casada fomos de férias (eu e as meninas sem ele) 1 semana para casa da prima Susy em Cascais.
Num dos dias fui a pé à frutaria com a Inês e no regresso, numa vivenda vi uma mãe que gritava muito com a filha e disse para a Inês:

- Olha não sou a única que grita!!! Aquela até pareço eu!

Ao que a Inês respondeu:

-Não, mãe aquela parece a Anita!

- Porquê a Anita também grita assim tanto? perguntei.

-Sim. respondeu ela.

-Ah! bem fico contente de não ser a única a gritar tanto.

-Oh! Mãe a Anita grita na rua.

-Ah! Ainda bem que eu não faço isso.

-Não. Mas tu gritas dentro de casa e ouve-se na Rua.

"Prontos"! Nem será preciso dizer que eu fiquei sem saber se havia de rir ou chorar...

Vida de Mãe é Dura.

Olha prima isto agora é só ver quem grita mais alto, já que temos a fama o melhor é termos também o proveito!!!