A nova Saga do Centro de Saúde, aconteceu na segunda-feira à noite, quando no regresso a casa de um passeio nocturno pelo espaço pedonal da Quarteira, eu ao passar em frente a um hotel que tinha sido restaurado resolvi , sem parar de andar, olhar para trás na sequência de um comentário da Inês e embati contra um poste, mais precisamente um candeeiro, com uma brutal força, que nem sei explicar.
A 1.ª reacção foi pensar que raio me tinha acontecido, depois tive a sensação de que ia desmaiar por certo, a seguir tive a nitida noção de ver passarinhos e estrelas à volta da cabeça mais azamboada do que sei lá o quê e por fim deu-me um ataque de choro que tive que conter logo a seguir quando olhei para as minhas 3 filhas e todas choravam em pânico de me ver assim (se bem que a Inês estava num misto entre chorar e rir desalmadamente da figura que eu tinha acabado de fazer).
O Renato nem sabia muito bem o que fazer, se me atendia a mim ou a elas... (realmente é preciso muito poder de encaixe para aturar este mulherio todo, não é).
Lá me recompûs o melhor que pude e apesar da dor de cabeça fenomenal lá me arrastei até casa.
Quando cheguei tomei um comprimido e deitei-me na cama, mas não havia maneira nem da dor passar nem de adormecer.
Comecei a ficar com uns macaquinhos no sótão, não tivesse eu feito algum traumatismo e decidi telefonar para a linha de saúde 24. Depois de mil e quinhentas perguntas a Sr.ª aconselhou a deslocar-me às urgências a Faro a fim de despistar o tal traumatismo que eu tanto temia.
E eu por acaso tenho lá tempo para ir a urgências???? Ainda por cima às 2h00 da matina??? Então e o que é que fazia com o meu pessoal??? E ir eu a conduzir sozinha estava absolutamente fora de questão, porque da maneira que me encontrava ia era embater com o carro no próximo poste que encontrasse.
Voltei a deitar-me e aguentei-me até de manhã. No dia seguinte a coisa até já estava melhor, mas com o passar do dia foi piorando. Por volta das 18h00 quando já não suportava as dores de cabeça as náuseas e já nem virava o pescoço o Renato lá me arrastou para o Centro de Saúde de Loulé.
Após horas à espera lá fui atendida por um médico espanhol (de meia idade mas bem charmoso, diga-se de passagem) que após me mandar fazer rx concluiu que aparentemente não tinha nada partito, mas que podia ter alguma coisa interna. De qualquer das maneiras só uma TAC ia concluir isso e como eu tava de férias e tinha as minhas filhas todas para tomar conta (que já o tinha informado que pretendia mantê-las afastadas dos hospitais o mais possivel) decidiu receitar-me uns remedinhos entre eles um anti-espasmos e muito repouso.
Depois de cumprir à risca o que o Sr.º Doutor mandou, comecei a sentir-me melhorzita ao fim de dois dias.
Independentemente de ter partido alguma coisa ou não de certeza que fiquei com o pára-choques (sobrancelha) bem amolgado e que até agora continua a doer-me...
Só comigo...