sexta-feira, novembro 17, 2006

Ser mãe é bem divertido!

Quem já me conhece sabe que sou uma grande sonhadora e ando grande parte do meu dia a dia nas "nuvens" meio alheada de tudo. Talvez daí ter surgido a vontade de criar este blog. Uma bela maneira de partilhar os meus pensamentos, e momentos com quem não está todos os dias comigo.
Ultimamente na minha vida tenho tido maravilhosos momentos, coisas simples de todos os dias, que me apetece partilhar com algúem ás vezes até gritá-los ao sete ventos. É lógico que posso partilhá-los em casa, mas por vezes não é a mesma coisa , porque ao escrever o pensamento flui.
Hoje por exemplo, tenho pensado no que uma mãe faz por uma filha. Esta manhã a Bá levou para o carro o Chiquito (um boneco feito de meia que lhe deram no natal passado, e que dorme com ela todos os dias), ele só faz o caminho de casa até ao infantário, depois fica no carro até ela voltar porque tem medo que lho roubem ou estraguem (cuidadosa a minha filha!), e eu vinha no caminho a dizer-lhe que ele andava a cheirar mal e estava encardido e que teria de tomar banho, ela olhou para mim indignada e disse: Logo tenho que o levar para a minha avó!(À uma semana que eu digo que o dito cujo tem que ser lavado e à uma semana que ela me ludibria de modo a que eu não leve a minha avante, pois o que será dela se dormir uma noite sem o seu chiquito. (Esta história lembra-me o meu irmão que tinha uma almofada pequena que esfregava no nariz e nos olhos e chupava no dedo ao mesmo tempo, um dia a dita estava tão remelosa, mas tão remelosa mesmo que a minha avó decidiu fazer uma nova porque até lavar aquela já era impensável (o chiquito ainda não chegou a esse ponto deplorável), então ele deu em berrar que não queria a nova porque ela já não deitava. Não deitava o quê? perguntam voçês e pergunto-me eu à uns 27 anos. Talves não deitasse era os milhares de micróbios com os quais devia estar infectada. Hoje que sou mãe penso nisso de uma maneira diferente. Portanto eis o que eu decidi fazer ao chiquito para que a Bá não sentisse falta do seu mais que tudo e antes que dissesse que ele já não deita nada (sim porque se ele deitar alguma coisa é cheiro a mofo e às mijadelas com que ela rega a cama e o dito cujo volta e meia) e uma vez que ficou no meu carro a aguardar pela sua dona até à tarde, trouxe-a para o serviço e pedi na lavandaria que mo lavassem e secassem até à hora de o ir burcar. Logo deito-o lá no banco como se nada fosse e vamos ver se ela dá por alguma coisa. Quanto ao meu irmão nem uma almofada feita do mesmo tamanho com tecido igual iria resultar porque ela tinha mesmo uns biquinhos feitos de rachoca e remelas que ele esfregava nos cantos dos olhos e sabia-lhe que nem. Como o Chiquito não tem biquinhos deve passar despercebido. Isto de não magoar o imaginário das crianças é muito importante e ser mãe com estas aventuras é bem divertido.
Por hoje é tudo, até à minha proxima aventura maternal!

6 comentários:

Hugo disse...

adorei a história e lembro-me bem dessa almofada do teu irmão. O que a nova não deitava era água pelos bicos (ou outro líquido; prefiro não imaginar). Espero que a bá não dê por nada!

El Secondino disse...

Grande mãe! :)
PS: Mata-me de curiosidade como irão os teus (e um dia os nossos) crianços contar a nossa história!

Li disse...

Adorei a história, espero que nos deleites com mais das tuas aventuras fantásticas com as tuas belezas! A pensar nas prendas para elas deste Natal já me sinto desmotivada, como vou superar o Chiquito?

Anónimo disse...

Nao vou comentar sequer a historia da almofada...
Mas acho que os brinquedos quando estao usados sabem sempre melhor, nada desse cheiro a lavado de frutos silvestres ou coisas do genero. Se o chiquito cheira mal, sao os ossos do oficio...

Anónimo disse...

bebe mais linda...
parabens

Ana disse...

Como eu me lembro da côr encardida dakela almofada famosa!Agora fizeste-me viajar no tempo... obrigada prima, estas pequenas viagens não têm preço. Quanto à cena de não ferir o imaginário dos nossos filhos, como eu te compreendo!!!!!