Há três semanas, por altura do raly decidi aventurar-me com o meu pai até ao Algarve. Ele e o Hugo foram ver o rally, eu e a minha mãe fomos fazer "piscinas" praia acima praia abaixo a ver as vistas. No Domingo de regresso é que foi o delas, quando comecei com contracções que teimavam em não parar e até chorei de remorsos. Na segunda como já não me doia nada fui trabalhar na mesma, mas por pouco tempo porque a meio da manhã até já coxeava. Preocupada liguei à minha médica que me mandou para a cama (outra vez), depois de chorar baba e ranho e fazer resistência, lá decidi ir para casa.
Como sou teimosa ainda fui ao hospital para tirar as dúvidas do veredicto ao telefone, pois qualquer réstia de esperança de não ter que voltar à cama, era uma esmolinha, escusado será dizer, que lá também me mandaram para a cama.
E lá fui eu inconsolável pelo tédio de não ter nada para fazer.
A ajudar á festa, chegou o fim de semana da Páscoa, (que eu à dias programava ir ao norte ver a minha avó), e foram todos menos eu que fiquei de clausura. Menos mal que a minha ama seca e enfermeira pessoal era a Esmeralda que está habituada a mim e eu a ela desde os tempos em que lhe esvaziava os armários todos (para brincar) quando lá ia a casa. Bons Tempos...
A minha presença acabou por lhe dar jeito também a ela porque colaboráva-mos mutuamente com as nossas mazelas (eu meia acamada, sem poder fazer grande esforço e ela com um catéter na mão, graças à ameaça de uma pneumonia, que agora deixou de ameaçar e instalou-se de vez) portanto ela fazia o que eu não podia e vice-versa. Acabou por ser gira na mesma a minha Páscoa, mas também pouco educativa graças à "Maria Propiça" (esta parte é código e só as tibitas e mais alguns é que percebem) mas é melhor assim... porque então teria que falar no Manel P... e isso já era abadalhocar o conteúdo deste blog.
No dia de Páscoa o meu novo rebento, teve direito com antecipação às amêndoas da Páscoa (na verdadade eu sempre tive muito jeito para escolher padrinhos aos meus filhos, são sempre os mais prestimosos (aqui incluem-se todos)).
E então este Padrinho e esta Madrinha que ainda não estão no activo, no termo concreto da palavra, ofereceram esta linda Joaninha caixa de música. (que ainda não sabemos se gostou, mas que pelo menos passou no controlo de qualidade das irmãs, e este é um controlo do mais apurado que existe)
P.S: Esta última frase tem um enigma mas penso que a pessoa em causa vai descobri-lo depressa...
Passada a Páscoa voltei a casa, e decidida a afastar o tédio andei ali a inventar umas papoilas em miniatura para pôr nos cabelos das minhas filhas no dia da Festa dos Tabuleiros (sou uma mãe muito prestimosa, eu...)
No sábado a Sandra lá teve pena de mim e trouxe-me 3 babetes para bordar, mas como eu não tenho literalmente nada para fazer, em 24h horas dei cabo deles (e estão lindos de morrer)
Hoje, hoje é um grande dia para mim (a minha mãezinha que não me leve a mal), mas hoje é o dia em que vou começar a carregar as minhas tralhas para casa (não cheguei a alugar o camião TIRE, mas quase), e isto quer dizer que o Renato está para chegar e isso é uma boa noticia.
Agora é que a minha mãe vai gozar a aposentação (lindo este termo), sem a filha quase acamada e a parafernália do dia a dia, do leva e trás da inês e da bárbara, que ele é escola e infantário, é dança e inglês é escuteiros e catequeses, que é um sem fim de andanças. E para quem foi mãe de crianças à vinte e tal anos estava um pouco desactualizada, que no meu tempo não havia nada disto.
Em compensação o paizinho que vem agora dos ares calmos da Dinamarca, é que vai ver como elas doiem, sim porque isto de parecer que eu só ando de carro para trás e para a frente é pura ilusão, Boa Sorte Meu Querido, para a tua vinda às lides domésticas e infantis, que eu cá vou continuar no meu repouso, a ganhar mofo...